quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Andebol Entrevistas – Paulo Fidalgo quer ser campeão nacional pelo Madeira SAD

image A actual classificação - 5º classificado com 18 pontos em oito jogos - surpreende-o? Num determinado padrão de análise penso que sim. Neste momento estamos pontualmente um pouco acima do que poderíamos esperar, mas longe ainda de atingirmos o nosso principal objectivo para esta fase da época, que é como sabemos marcar presença na Supertaça em Portimão e para tal, precisamos de terminar a primeira volta dentro dos seis primeiros classificados.

O plantel tem correspondido às expectativas da equipa técnica?
Tenho de responder em dois momentos. Num primeiro diria que colectivamente superamos algumas das insuficiências que existiam e somos de facto um colectivo que, nomeadamente, no sector defensivo cresceu muito. Num segundo momento diria que individualmente existem jogadores com um espaço de progressão enorme à sua frente, pelo que quando as suas performances forem ao nível individual melhoradas estaremos ainda melhor do ponto de vista colectivo.

As condições de trabalho ao dispor do Madeira SAD satisfazem a equipa técnica? Benfica, Sporting, FC Porto e ABC têm uma vantagem sobre o Madeira SAD a esse nível. Creio que logo depois desses clubes estamos nós a par de um conjunto de outros emblemas. Sabemos quais são as regras do jogo, sabemos das dificuldades que existem, mas a competência com que encaramos o nosso trabalho a responsabilidade que sentimos ao representar uma Região, faz com que saibamos ultrapassar com aquilo que temos barreiras difíceis. Do ponto de vista financeiro, não tenho dúvidas e já o disse mais de uma vez a administração tem feito tudo para dar à equipa técnica e jogadores o melhor possível.

O Madeira SAD é hoje uma referência para os jovens do andebol madeirense? Pela história que já construímos, em termos de resultados desportivos e não só por tudo aquilo que representa para a Região a modalidade do andebol, creio que os jovens dia a dia começam a ver o nosso trabalho e o Madeira SAD como um objectivo na sua prática desportiva. Temos é de continuar a manter esta dinâmica de rigor e não facilitarmos no que ao processo de formação diz respeito.

Ver o seu nome como possível treinador do Sporting foi importante? Foi importante, sim senhor. Não fujo à regra e para qualquer treinador ver um clube com a grandeza do Sporting falar no meu nome é sempre importante, pois foi uma forma de reconhecerem o meu trabalho e nesse aspecto estamos felizes.

Mexeu com o seu dia a dia? Em nada. Continuo a ser a mesma pessoa em todos os aspectos e com uma única preocupação. Levar ao Madeira SAD ao mais alto nível.

Depois de 10 anos na Madeira o que falta fazer no Madeira SAD? Desejo acima de tudo, e é com imenso orgulho que digo isto, continuar a servir do desporto desta região, a Ilha da Madeira que me recebeu bem, que me ajudou na afirmação profissional e que é também para minha felicidade a terra da minha filha, que nasceu faz poucos dias. Gostava de não terminar o meu ciclo no Madeira SAD sem atingir o título de campeão nacional.

Perfil

PAULO FIDALGO
Tem 35 anos e nasceu em Moçambique. Fez toda a formação no Francisco da Holanda, tendo obtido o título de campeão nacional de juniores. Jogou no Boavista, tendo atingido uma final da Taça de Portugal. Ao serviço do Madeira SAD, primeiro como andebolista e depois já como técnica, leva já 10 anos de experiência, as ultimas quatro como treinador principal. Foi adjunto de Donner no ano em que os madeirenses foram campeões nacionais.

Um sonho pessoal  Um dia poder fazer parte de um grande clube mundial e que lute pela Liga dos Campeões, seja como treinador, como gestor ou director desportivo. Tenho esse sonho e ambição.

Um olhar sobre a modalidade O andebol português está a caminho de atingir um patamar de grande qualidade. Em termos organizativos nota-se um clara aposta na formação, e esse trabalho que não é para agora, certamente dará frutos no futuro.

Quem luta de facto pelo título Benfica, FC Porto e Sporting. Não só pela grandeza que esses clubes encerram a vários níveis, mas porque de facto reúnem um conjunto de condições, financeiras, humanas, muito acima dos restantes clubes.

Entrevista de Herberto Duarte Pereira do DNoticias.pt

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