sexta-feira, 3 de abril de 2009

Andebol - Recurso do CCR Alto Moinho considerado Indeferido pelo CJ da FAP


A FPA confirmou por FAX na passada sexta-feira, dia 27 Março a presença do Évora AC na Fase Final.

Indignação e injustiça é o que sentem os responsáveis do CCR Alto Moinho, conforme o comunicado anexo da direcção :

1. Na última Sexta Feira, ao fim da tarde fomos notificados pela Federação de Andebol de Portugal (FAP) do indeferimento por parte do seu Conselho Jurisdicional do recurso que apresentámos sobre o protesto do Évora AC, do jogo realizado no dia 31 de Janeiro a contar para o Campeonato Nacional da 2ª Divisão e que viria a ser repetido em 28 de Fevereiro último.

2. Encerra-se assim um processo que começou mal e acabou pior.

3. Começou mal, logo nos contornos que rodearam o primeiro jogo, com a FAP a nomear como Observador dos árbitros o actual Presidente de Andebol da Associação de Évora e ao não sancionar o Évora pelas cenas lamentáveis ocorridas no final do jogo com pressões, ameaças, gritos e agressões por parte dos dirigentes, técnicos e jogadores do Évora.

4. Continuou mal, na decisão do Conselho Técnico em julgar procedente o Protesto do Évora e mandar repetir o jogo, sem razões que o justificassem.

5. Acabou mal, com o indeferimento do nosso Recurso pelo Conselho Jurisdicional e a consequente validação do segundo jogo realizado em Évora.

6. Quem conheceu todo este processo apercebeu-se do amadorismo com que tudo decorreu por parte da FAP. O Processo levantado na FAP não obedeceu aos parâmetros e formalismos, requisitos fundamentais para que seja garantida a transparência e o rigor indispensáveis que devem presidir a estas situações. Nem com toda a boa vontade, se pode considerar o conjunto de documentos que nos foram mostrados no dia 20 de Março na sede da FAP, um processo minimamente estruturado. O que a FAP nos facultou foi um conjunto de documentos desgarrados, uns assinados, outros nem isso, alguns ilegíveis e sem qualquer critério organizativo. Em boa verdade nem sequer existiu processo, digno desse nome.

7. As decisões tomadas, primeiro pelo Conselho Técnico e depois confirmadas pelo Conselho Jurisdicional causam-nos uma enorme perplexidade. Entre outras deficiências argumentativas, o protesto elaborado pelo Évora não estabelecia um nexo de causalidade entre o erro da arbitragem alegado e a sua interferência no resultado do jogo, sendo esta normalmente a primeira condição da admissão do protesto. Essa relação, apesar de ser uma exigência legal indispensável para um eventual provimento, nunca foi feita em todo o Processo e o acórdão do Conselho Jurisdicional afirma que os factos estão subentendidos! No mínimo é surpreendente este argumento! Em termos jurídicos, dizem-nos vários juristas que é uma aberração! Como é que se faz o contraditório sobre alegados factos subentendidos?

8. A validação das imagens produzidas pelo Évora é inédita. Em nenhum fórum judicial do país esse tipo de imagens tem sido aceite. Nem mesmo na justiça desportiva das outras modalidades, designadamente o futebol, onde apenas se consideram imagens recolhidas por entidades oficiais ou independentes. Não foi esse o julgamento dos órgãos que aplicam a justiça na FAP.

9. Durante todo este processo estivemos sempre sozinhos em termos institucionais. A Associação de Andebol de Setúbal (AAS) e o seu Presidente alhearam-se completamente, como se não fosse nada com eles. Nem sequer uma palavra de solidariedade lhes foi ouvida. O que, em boa verdade, não nos surpreende. O senhor Presidente da AAS tem primado pela ausência nos momentos em que comemorámos as diversas vitórias conquistadas no último ano. Somos hoje o clube da AAS com maior número de praticantes de andebol, com está a fazer o trabalho mais consistente nas camadas mais jovens e o que mais vitórias trouxe para o Distrito de Setúbal. Mas o senhor Presidente acha que não é nada com ele.

10. As nossas armas são apenas as colocadas em campo, de forma correcta e com fair play. Muito provavelmente as armas do nosso adversário neste processo ultrapassam largamente esse âmbito. Por isso afirmamos que, neste caso, fomos vítimas de uma gritante injustiça e a verdade desportiva não foi respeitada. Mas continuamos de cabeça levantada e vamos ultrapassar esta situação como campeões que somos. Temos um Departamento de andebol e uma equipa de andebol sénior de elevadíssima qualidade. Estamos a fazer um magnífico trabalho, já amplamente demonstrado. E em termos psicológicos saímos por cima desta situação. Pautámos o nosso comportamento com ética, com honra, com lisura e com transparência. Temos a consciência tranquila. Outros não a terão assim tanto!
Fonte : Site do CCR Alto Moinho

3 comentários:

  1. É triste que o Alto do Moinho faça comunicados e mostre ao "mundo" a sua indignação, quando ainda "ninguém" sabe as razões da repetição do jogo.
    1. A FAP considerou que o AM, apesar do erro do oficial de mesa e sabendo que procedia mal, utilizou o jogador na mesma.
    2. Os dois clubes enviaram os seus vídeos para a FAP, no entanto o AM cortou a parte que mostrava o erro e por isso deixado de lado.
    3. Compreende-se a indignação do AM mas seria melhor explicarem o porque da repetição do jogo.
    4. É pena a não passagem à fase final pois era uma das melhores equipas.

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  2. Equipa não dizemos, talvez um grupo composto por alguns bons jogadores para esta Divisão, cheios de vaidade, individualistas e com pouco colectivo .

    Pensamos que razoavelmente orientados por um Professor mais ligado a equipas de formação do que em orientar ou comandar equipas Séniores, onde é preciso muito mais a todos os níveis.

    Da FAP, a par do Évora, não se podem queixar, porque foram duas equipas com "protecção +" durante toda a 1ª. Fase do Campeonato .

    Mais: a FAP por ambas as equipas não podia fazer muito mais, porque quem defende e marca os golos são os jogadores, quem orienta e comanda bem ou mal são os Treinadores e quem dirige melhor ou pior são os Dirigentes .

    No entanto, com a projectada remodelação das Divisões a nível Nacional, não tenham pena do Alto Moinho .

    O MARGEM SUL

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  3. Pois é temos muita pena, mas quando as pessoas se fazem de vítimas quando na verdade foram elas a transgredir, sujeitam-se a estas coisas.

    Uma super equipa, assim se apregoam, deveria ter tido capacidade para não perder por 29-22 no segundo jogo.

    É o que dá quererem ser mais espertos que os outros.

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