sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Objectivo Luso - Jogos Olimpicos de Londres 2012

Andebol luso nos Jogos Olímpicos de Londres 2012

Entrevista de Luis Santos, Presidente da FPA à Agência Lusa.

A presença da Selecção portuguesa de andebol nos Jogos Olímpicos de 2012 constitui um dos principais objectivos da Federação de Andebol de Portugal (FAP), que está a desenvolver um projecto que vai culminar nos Jogos de Londres. "Temos um projecto que vai culminar com 2012. Tencionamos aumentar os níveis competitivos nas camadas jovens e alargá-los a todo o projecto nacional, para podermos ambientar os jovens com os padrões europeus, que já se verificou serem bastante elevados", disse Luís Santos, presidente da FAP, em entrevista à Agência Lusa. Luís Santos recordou que Portugal deixou escapar a oportunidade de 2003, quando organizou o Mundial e perdeu terreno para as principais selecções europeias, falhando os Jogos de Atenas2004 e os do próximo ano, que vão decorrer em Pequim, pelo que a FAP procedeu a uma reorganização para poder lutar por uma presença em Londres. "Temos que ter uma selecção nacional jovem, que corresponda ao andebol moderno e não ao andebol de golos ou de resultados", adiantou Luís Santos, justificando todo o trabalho que está a ser efectuado nas camadas mais jovens e que visa o rejuvenescimento da selecção portuguesa. Depois de alguns diferendos com a Liga Portuguesa de Andebol (LPA), a competição profissional arrancou este ano, pela primeira vez, na data inicialmente prevista, mas Luís Santos não quis alimentar polémicas. "Não me preocupo em falar da Liga. O que digo é que, para mim, o conceito de profissionalismo tem que ter regras para não criar problemas, já que o mais atingido é sempre o atleta", sublinhou Luís Santos, acrescentando que a FAP defende e já fundamentou nos seus estatutos, em 1995, a criação dessas regras. A questão da regulamentação dos "off-shore" foi um dos exemplos citados por Luís Santos, que enalteceu a intenção do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, em criar a casa das transferências e dos "off-shore". "Um atleta que esteja num "off-shore", qual é a entidade patronal dele, a quem é que pode pedir responsabilidades em termos de Segurança Social para assegurar a sua reforma, é preciso ter cuidado com isto", alertou. O dirigente aproveitou para salientar o trabalho desenvolvido pelo actual Governo no trabalho de remodelação desportiva. "Desde a remodelação no processo administrativo, à estrutura que nos possibilitou fazer o portal, que foi financiado pelo Instituto do Desporto, através de um programa da secretaria de Estado, entre outros programas, criou-se uma estrutura desportiva, uma Lei de Bases, perfeitamente adequada ao sistema desportivo", frisou o presidente da FAP. Luís Santos realçou ainda a organização desportiva como pedra base para o sucesso, tendo elogiado a secretaria de Estado, ao considerar que esta "teve uma grande coragem ao assumir claramente posições que a FAP há muitos anos vem defendendo". O presidente da FAP abordou também a vertente económica em que se está a transformar o desporto, que considera está a deixar de ser uma prática. "Até aqui havia a prática desportiva", disse, acrescentando que frases como "o desporto dá saúde" e "é preciso ter saúde para fazer desporto" deixaram de ter sentido quando o que é fundamental nos dias de hoje é o rentabilizar os investimentos. "Os clubes têm que ter cuidado ao fazer um investimento acertado, para que esses atletas tenham êxito, quer utilizem o subsistema prática, quer o subsistema profissionalismo ou de Alta competição", disse Luís Santos. A completar 21 anos como presidente da FAP, Luís Santos traçou um balanço positivo do trabalho efectuado, principalmente na consolidação do nome de Portugal em termos internacionais. "É um balanço que acho interessante. Quando entrei há alguns anos, íamos às federações e aos congressos internacionais e o que era isso de Portugal", disse Luís Santos, sublinhando que, hoje, a FAP "é uma federação prestigiada a nível internacional, enquanto em termos nacionais é a segunda federação, atrás do futebol". O líder federativo realçou os vários êxitos alcançados, seja a nível da organização e de participação em provas internacionais, seja na própria alteração da estrutura da federação.
Fonte : Diário dos Açores

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