terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Andebol - Polémica entre Liga LPA e jornal Record

A Liga Portuguesa de Andebol (LPA) respondeu hoje, no seu site oficial, às acusações de que foi alvo do jornal desportivo Record. Na edição do dia 5 de Fevereiro, eram atiradas criticas no diário, através do jornalista José Manuel Paulino, à LPA, sobre o facto de a partida entre SC Horta e Belenenses, referente à 16ª jornada ter sido antecipado, sem que a comunicação social fosse avisada.

Veja aqui os artigos reportados no jornal Record, que originaram a polémica: Brincar com coisas sérias e Medalha de Lata

No entanto, a LPA emitiu um direito de resposta ao jornal, defendendo-se de acusações tais como “ mau para a Liga de Andebol, pela péssima imagem de desorganização e irresponsabilidade que fez passar”, ou então “se houvesse problemas bicudos com as arbitragens, compreendia-se porque quereriam esconder os jogos ...É inadmissível que a clandestinidade de uma competição seja decretada pela própria liga”.


Veja assim o comunicado na íntegra.

1– A Liga Portuguesa de Andebol (“LPA”) foi objecto de referência directa no artigo de opinião “Brincar com coisas sérias”, da autoria de José Manuel Paulino, publicado na edição de 5 de Fevereiro de 2009, alusivo ao encontro disputado entre o Sp. Horta e o Belenenses e ao alegado desconhecimento por parte dos órgãos de comunicação social da data da sua realização, referindo expressamente o nome da LPA, em termos passíveis de afectar a sua reputação e boa fama, pelo que a LPA exerce, desde já, o direito de resposta que lhe assiste, ao abrigo dos artigos 24º e seguintes da Lei nº 2/99, de 13 de Janeiro.


2 – O jogo da Liga entre o Sp. Horta e o Belenenses foi antecipado para o dia 3 de Fevereiro de 2009, em virtude de o Belenenses jogar para a taça EHF, no âmbito de uma competição europeia, na data inicialmente prevista para o jogo da 16ª jornada a disputar com o Sp. Horta, sendo, aliás, do conhecimento público a participação deste clube na referida competição, desde a passagem da anterior eliminatória, ocorrida em Novembro de 2008.


3 – Conforme procedimento habitual da LPA, a alteração da calendarização de qualquer jogo é oficialmente comunicada aos clubes e, de imediato, publicitada no portal da LPA, pelo que, não fugindo este caso à regra, a antecipação do jogo foi publicitada em 23 de Dezembro, encontrando-se, desde logo, disponível no calendário do portal, ou seja, precisamente 41 dias antes da data do evento.


4 – Não constitui obrigação legal, nem é prática da LPA informar a comunicação social sobre alterações ao calendário dos jogos, apenas o fazendo quando tais alterações sejam de última hora, nos casos em que os eventos se reagendem com uma antecedência inferior a uma semana relativamente à data da sua realização.

5 - O calendário da Liga LPA 08/09 e demais informação sobre a modalidade estão permanentemente actualizados e disponíveis ao público no seu portal, pelo que competirá aos órgãos da comunicação social, designadamente ao “Record”, efectuar o seu trabalho de pesquisa e investigação, de forma a evitar a veiculação de informação inverídica ou errónea, bem como comentários gravemente atentatórios do bom nome e reputação de uma entidade que trabalha todos os dias em prol da promoção e defesa da modalidade, dos interesses dos clubes e dos atletas.

6 – Assim, contrariamente ao que o colunista José Manuel Paulino refere, os jornais não têm que ser informados da alteração, sendo certo que o jogo não passaria em claro na comunicação social, se os órgãos de imprensa tivessem feito o seu trabalho.

7 – É por demais evidente que a LPA não pode deixar de reagir ao conteúdo deste artigo não só por não relatar a verdade dos factos, mas também porque, partindo de informação errada, denigre gravemente a imagem e o bom nome da LPA, ao referir “mau para a Liga de Andebol, pela péssima imagem de desorganização e irresponsabilidade que fez passar”.


8 – Diga-se, ademais, que, mesmo que incumbisse à LPA informar a comunicação social de alterações ao calendário das competições, a sua omissão nunca poderia ser facto bastante para legitimar qualquer jornalista a tecer comentários difamatórios como aqueles que foram feitos por José Manuel Paulino, ao transmitir uma ideia de desorganização e irresponsabilidade da LPA, e de clandestinidade na organização deste jogo, lançando graves suspeitas com relevante impacto junto do público.


9 – Como se não bastasse, a LPA verificou ainda que este assunto assumiu tal importância que, na mesma edição, foi objecto de uma medalha de lata, com a referência “se houvesse problemas bicudos com as arbitragens, compreendia-se porque quereriam esconder os jogos ...É inadmissível que a clandestinidade de uma competição seja decretada pela própria liga” , difamando, uma vez mais, o bom nome e reputação da LPA, e lançando indubitáveis suspeitas sobre favorecimentos que a LPA não consegue sequer descortinar. Clandestinidade difícil de entender, quando falamos de um jogo que teve transmissão televisiva em directo na RTP – Açores.


10 - Para que não restem dúvidas, o mapa de cativações e nomeações de arbitragem para a 14ª jornada inclui o jogo antecipado da 16ª jornada, sendo que este mapa é, ou deveria ser, habitualmente consultado pelos jornalistas.


11 – Em face do exposto, a LPA agradece que seja reposta a verdade dos factos para bem do seu nome, da modalidade e do desporto em geral, sendo que se reserva, desde já, o direito de iniciar quaisquer expedientes judiciais, na eventualidade de um caso idêntico vir a ocorrer futuramente.


12 – O interesse público aconselha a que o tempo despendido com a elaboração e publicação deste tipo de artigos pela comunicação social seja antes canalizado para o efectivo trabalho de recolha de informação e investigação da verdade dos factos, como lhe compete, mais tempo sobrando à LPA para prosseguir com a promoção e defesa dos interesses da modalidade, em vez de ter que se ocupar com o exercício de direitos de resposta.

Fonte :SCN

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